No mês  de março, o canal GNT exibe programação que discute o papel da mulher na  sociedade atual.
Assisti  ontem um documentário sobre a trajetória de Irshad Manji, uma mulher que é  descrita como o "pior pesadelo de Osama Bin Laden", o que é uma característica  muito peculiar de se atribuir a uma mulher.
Irshad  é muçulmana e se pergunta constantemente o que pode ser mudado no mundo e na  religião islâmica. 
Um de  seus pontos de argumentação é o papel da mulher no Islã, embora não seja o foco  principal de seus estudos.
Mesmo  assim, o fato de Irshad, uma mulher muçulmana, homossexual e ocidental  questionar os princípios do Islã e os próprios muçulmanos é um acinte aos  líderes religiosos de sua comunidade.
Imagine  Osama Bin Laden, o xeque que balançou de todas as maneiras as estrutras do mundo  ocidental ao propagar os princípios do Corão da maneira que ele e seus  companheiros o veem, realizando atos terroristas com este fim, ser questionado  por uma reles e singela...mulher?
A  mulher, na sociedade muçulmana, é submissa ás vontades do seu marido e aos  preceitos do Corão. O seu marido é um homem que segue o Corão e por isso submete  a sua mulher. Não se orientar pelo Livro Sagrado é uma ofensa à religião, ao  cerne desta sociedade.
Mas  diante dos valores adquiridos até este momento, seria correto que uma mulher  fosse tratada de maneira depreciativa, porque assim era tratada no século VII,  na época em que foi escrito o Livro que rege a sua  sociedade?
Rever o  papel da mulher muçulmana diante do mundo caótico em que estamos inseridos,  diante da comunidade em que as mulheres muçulmanas estão inseridas, é um  ato de muita coragem de Irshad.
Um ato  que todas nós deveríamos ter, sejá lá qual for o tratamento depreciativo que  nós, ocidentais, orientais, cristãs, hindus, muçulmanas, ateístas,  espiritualistas, budistas ou agnósticas estejamos sofrendo.
Este  ato pode ser o mínimo possível: desde a visualização da mulher apenas como  objeto sexual até a coibição do exercício de sua liberdade sexual, dentre tantas  outras liberdades que podem ser retiradas em decorrência de princípios  religiosos ou consuetudinários instituídos em eras de guerras tribais, e que não  mais condizem com o mundo em que vivemos.
Basta coragem para admitir qual a violência que a mulher sofre, porque ela a sofre e o que podemos fazer para parar isso. Basta coragem.
Saiba mais sobre Irshad Manji: Blog e site oficial
Leia seu twitter feed: @irshadmanji
Basta coragem para admitir qual a violência que a mulher sofre, porque ela a sofre e o que podemos fazer para parar isso. Basta coragem.
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